O Império Romano
não foi derrotado pela espada e canhões, mas pela decadência moral! Respiramos uma
atmosfera erótica generalizada. Nada acontece por acaso. Estes programas têm
uma filosofia, uma intenção, um objetivo que é ganhar dinheiro pela via do
erotismo. Sexo, dinheiro e fama são os piores ídolos da humanidade. Eles nos
escravizam. Trata-se de uma ''trinca perigosa''. Depois que no
Brasil, através de manobras políticas, foi liberado o divórcio instantâneo, a
manipulação de células tronco embrionárias, a união de pessoas do mesmo sexo, a
lei da palmada, entramos numa anarquia erótica. Sem esquecer o ''kit sexo''
idealizado pelo ex-ministro da Educação, o projeto da homofobia, do aborto e
aquela jogada nada honesta de liberar o aborto em nome dos direitos humanos e
da saúde publica, como queria o ex-ministro da Saúde. Virou uma balbúrdia, e
até os que defendem as bandeiras da revolução sexual estão preocupados.
Tudo isso parece
modernidade, mas é sintoma da doença da nossa civilização. O Império Romano não
foi derrotado pela espada e canhões, mas pela decadência moral. Um sábio chinês
diz que estamos confundindo um navio furado, invadido pelas águas e afundando,
com uma piscina de banho. Estamos afundando e fazendo festa, como se o barco
furado invadido pelas águas fosse uma piscina.
Nada temos a
aprender da revolução sexual acontecida nos Estados Unidos e na Europa. São
países envelhecidos e necessitados de braços estrangeiros, de mão de obra
barata. Está mais do que comprovado que a revolução sexual fracassou. Tudo
piorou com a pornografia na internet. Nossa cultura secularizada erotiza precocemente
crianças e adolescentes fazendo explodir a gravidez precoce, a aids e outras
doenças. O próprio Freud orientou a sexualidade humana para a sublimação.
Na ideologia do
BBB está sendo passado um culto exagerado do corpo, a exaltação do instinto e
da paixão, o homossexualismo, a inutilidade do casamento, a degradação da
família. Isso tudo sem respeito pelo povo e seus valores morais. A banalização
da sexualidade é um retrocesso destrutivo porque abre o caminho para a droga, o
alcoolismo, o vazio interior, a exaltação do corpo. Há escolas onde a educação
sexual consiste apenas em saber usar o preservativo, conhecer a fisiologia
corporal e a praticar todo tipo de erotismo. Em muitos setores da sociedade o
permissivismo está incentivando o contrário, isto é, a volta do moralismo, do
tabu, do negativismo sexual. Não devemos perder a simpatia, o louvor, a
gratidão pelo dom da sexualidade.
Na democracia temos o direito de protestar, contestar, dialogar, discordar. Em relação ao BBB, continuemos a utilizar a internet. Mudar de canal é um gesto que tem efeitos muito práticos. Não telefonar para dar o voto aos concorrentes também é algo eficaz. O protesto popular, a consciência social, a manifestação do povo e das instituições têm poder. O que não podemos é continuar reféns da ditadura do relativismo e do erotismo. BBB é um desacato à nossa cultura.
Na democracia temos o direito de protestar, contestar, dialogar, discordar. Em relação ao BBB, continuemos a utilizar a internet. Mudar de canal é um gesto que tem efeitos muito práticos. Não telefonar para dar o voto aos concorrentes também é algo eficaz. O protesto popular, a consciência social, a manifestação do povo e das instituições têm poder. O que não podemos é continuar reféns da ditadura do relativismo e do erotismo. BBB é um desacato à nossa cultura.
Não morremos por
falta de sexo, morremos por falta de afeto, de carinho, de consideração. A
paixão tem sabor de liberdade, mas é uma corrente que nos amarra e a carne não
basta para saciar nossa fome de amor. O coração é mais que o corpo. O Brasil
não pode ser a pátria do turismo sexual. Nossa tradição familiar e cristã é um
bem para sociedade.
Tantos artistas convertidos já declaram ao mundo inteiro que a ''alegria do espírito é maior que a volúpia da carne''. O que vale é o amor, os valores, os limites, a humanização da sexualidade, a fé, a espiritualidade. O amor livre é uma invenção burguesa que leva à onipotência e onipresença do prazer desordenado. Torna-se escravidão e desilusão.
Tantos artistas convertidos já declaram ao mundo inteiro que a ''alegria do espírito é maior que a volúpia da carne''. O que vale é o amor, os valores, os limites, a humanização da sexualidade, a fé, a espiritualidade. O amor livre é uma invenção burguesa que leva à onipotência e onipresença do prazer desordenado. Torna-se escravidão e desilusão.
A sexualidade é
uma energia que nos leva ao encontro com o outro inclusive com o grande Outro.
É uma força de comunhão, de relacionamento, de amizade, de transcendência.
Temos um longo caminho a percorrer na busca do equilíbrio e da maturidade
sexual e afetiva. Quanto mais amor, mais pudor. A linguagem do amor compõe-se
das seguintes declarações: eu sou amável; eu gosto de você; eu sou capaz de
amar; eu amo e por isso escolho; eu decido amar alguém; eu sou teu para sempre.
28/01/2012 -- 00h00
DOM ORLANDO BRANDES é arcebispo de Londrina.